Reflexões acessíveis e aprofundadas sobre passagens bíblicas, conectando os ensinamentos das Escrituras ao nosso dia a dia.
Imagine o olhar de Jesus. Um olhar que atravessa aparências e penetra o coração. Agora imagine esse olhar carregado de dor, não por causa dos ímpios declarados, mas por causa dos religiosos, dos que deveriam conhecer o coração do Pai, mas vivem distantes dele. Quando dizemos que “Jesus não está gostando disso”, estamos apontando para aquilo que mais provoca Sua indignação: a incoerência entre fé professada e vida praticada.
Neste artigo, exploramos os momentos nas Escrituras em que Jesus expressa Sua insatisfação, tristeza e até ira diante de atitudes humanas que ferem o espírito do Evangelho. A partir do Sermão do Monte e de outras passagens cruciais, veremos o que desagrada profundamente ao Filho de Deus — e como podemos viver de modo a agradá-lo de verdade.
No Sermão do Monte (Mateus 5 a 7), Jesus confronta diretamente as práticas religiosas dos fariseus. Ele deixa claro que justiça externa sem transformação interna não é suficiente:
“Pois eu digo que, se a justiça de vocês não for muito superior à dos fariseus e à dos mestres da lei, de modo nenhum entrarão no Reino dos céus.” (Mateus 5:20)
Jesus não está gostando da religião sem essência. Ele critica o jejum exibicionista (Mateus 6:16), a oração mecânica (Mateus 6:5) e a esmola dada para autopromoção (Mateus 6:2). Sua mensagem é clara: Deus não se impressiona com atitudes exteriores vazias.
Conexão com a Psicologia: A psicologia moderna reconhece o impacto destrutivo da dissonância cognitiva — quando nossas ações contradizem nossas crenças. Jesus, como Mestre da integridade, denuncia essa hipocrisia porque sabe o quanto ela destrói tanto o indivíduo quanto a comunidade.
Um dos episódios mais reveladores é quando Jesus afirma:
“Aprendam o que significa isto: Desejo misericórdia, não sacrifícios.” (Mateus 9:13)
Jesus está citando Oséias 6:6, e mais uma vez deixa claro: Deus não está interessado em rituais vazios. Ele quer corações compassivos. Quando os fariseus acusam Jesus por comer com pecadores, Ele responde com essa frase cortante — mostrando que o coração de Deus se inclina para os humildes e quebrantados, não para os presunçosos.
Conexão sociológica: A sociedade frequentemente marginaliza os "pecadores" e favorece os "justos" aos olhos humanos. Jesus subverte essa lógica ao acolher os marginalizados e denunciar os que usam a religião para excluir.
“Minha casa será chamada casa de oração; mas vocês estão fazendo dela um covil de ladrões!” (Mateus 21:13)
Aqui, Jesus não apenas se entristece — Ele se ira. Sua ação no templo é profética: Ele denuncia a corrupção espiritual que transforma a fé em comércio. Jesus não está gostando disso. E ainda hoje, quando igrejas priorizam lucro, manipulação e poder sobre o cuidado com o próximo, essa mesma indignação ecoa.
“Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! [...] Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das asas, e tu não o quiseste!” (Mateus 23:37)
Neste lamento, Jesus revela um coração ferido. Ele não se alegra com o juízo; antes, sofre pelo povo que insiste em resistir ao amor de Deus. Sua tristeza não é por causa do pecado em si, mas pela recusa em receber a graça que liberta.
Jesus não está gostando...
O que Ele deseja?
A frase “Jesus não está gostando disso…” não deve nos causar medo, mas reflexão. Jesus, como Deus encarnado, revela o que agrada e o que entristece o coração do Pai. Sua insatisfação não é arbitrária, mas fruto de amor. Ele anseia por um povo sincero, compassivo e justo — que viva a fé de forma encarnada.
O chamado do Evangelho é claro: "Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos." (João 14:15). Viver de modo que agrada Jesus é possível — mas exige arrependimento, entrega e transformação contínua.
Em que áreas da sua vida Jesus talvez esteja dizendo: “Eu não estou gostando disso”?
E o que você pode fazer, hoje, para realinhar seu coração ao d’Ele?
Se desejar, posso transformar este artigo em um esboço de sermão ou em material devocional para grupos pequenos. Deseja isso?
Vivemos em um tempo em que muitas igrejas buscam aceitação, relevância cultural e popularidade. Contudo, a missão da Igreja de Cristo nunca foi se conformar com o mundo, mas ser sal e luz nele (Mateus 5:13-16). A frase "a igreja que não incomoda não transforma" nos convida a refletir: uma igreja que não provoca mudança no ambiente em que está inserida, está de fato cumprindo seu propósito?
Jesus declarou: "Vocês são a luz do mundo. [...] Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus" (Mateus 5:14,16). A luz não apenas ilumina, ela revela, confronta, denuncia as trevas. Quando a igreja se cala diante da injustiça, do pecado e da idolatria moderna, ela deixa de brilhar e se torna irrelevante.
O profeta Isaías descreve bem o papel ativo da luz: "Levante-se, resplandeça! Porque chegou a sua luz, e a glória do Senhor raia sobre você" (Isaías 60:1). Uma igreja que se levanta, inevitavelmente incomoda os poderes das trevas.
O próprio Cristo afirmou: "Não pensem que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada" (Mateus 10:34). Ele falava do confronto que a verdade traz ao coração humano e às estruturas sociais. Quando a igreja proclama o evangelho genuíno — arrependimento, cruz, renúncia, santidade — ela abala as estruturas do pecado.
João Batista é um exemplo claro. Sua pregação sobre arrependimento no deserto incomodou tanto que acabou preso e morto (Mateus 14:3-10). A verdadeira igreja segue esse mesmo caminho: ela anuncia a verdade, mesmo que isso custe rejeição.
Tiago advertiu: "Adúlteros, vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade com Deus?" (Tiago 4:4). Uma igreja que se preocupa mais em agradar do que em santificar está comprometendo sua essência. Paulo, em sua carta aos Gálatas, disse: "Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? [...] Se eu ainda estivesse procurando agradar pessoas, não seria servo de Cristo" (Gálatas 1:10).
A igreja primitiva era odiada pelo mundo, não por serem fanáticos, mas por serem fiéis. "Estes que têm causado alvoroço por todo o mundo chegaram também aqui" (Atos 17:6). Que tipo de impacto a igreja contemporânea tem causado?
Transformar não significa apenas confrontar; é também amar com ações concretas. Jesus transformou o mundo não só com palavras fortes, mas com atos de compaixão, cura e serviço. A igreja que ama os perdidos, que estende a mão ao necessitado, que vive o evangelho na prática, será sempre um incômodo santo para um mundo egoísta e indiferente.
A igreja foi chamada para ser agente de transformação — e isso começa com coragem para incomodar. Se nossa presença não gera confronto com as trevas, talvez nossa luz esteja escondida debaixo do alqueire (Mateus 5:15). Que sejamos como Jesus, que "veio para o que era seu, mas os seus não o receberam" (João 1:11), não porque falhou, mas porque sua luz revelava a verdade que muitos não queriam ver.
Reflexão Final
A sua vida e a sua comunidade de fé têm incomodado o sistema das trevas ou se adaptado a ele? É tempo de se levantar com ousadia, em amor e verdade, para transformar com o poder do Evangelho.
O cristianismo não ensina que seus seguidores são perfeitos, mas sim que são perdoados. Essa verdade traz alívio e esperança para todos que reconhecem sua natureza pecaminosa e buscam a graça de Deus. No entanto, isso levanta uma questão importante: o perdão de Deus nos livra das consequências de nossos erros?
Neste artigo, exploraremos a profundidade do perdão divino e o princípio bíblico da semeadura e colheita, entendendo que ser perdoado não significa estar isento das repercussões naturais de nossas escolhas.
A Bíblia é clara ao afirmar que todos pecaram e carecem da glória de Deus (Romanos 3:23). Nenhum ser humano pode alcançar a perfeição por mérito próprio, pois desde a queda no Éden, a humanidade está inclinada ao pecado (Salmos 51:5).
Contudo, Deus, em sua infinita misericórdia, oferece o perdão através de Jesus Cristo. Esse perdão não é concedido com base em boas obras, mas sim pela fé e pela graça:
"Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isso não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie." (Efésios 2:8-9)
O sacrifício de Cristo na cruz garantiu a redenção para todos os que se arrependem, como ensinado em 1 João 1:9:
"Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça."
Dessa forma, ser cristão não significa estar isento de falhas, mas viver sob a graça daquele que perdoa.
Apesar de Deus perdoar completamente o pecador arrependido, a Bíblia ensina que há um princípio universal: colhemos o que plantamos.
"Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá." (Gálatas 6:7)
O perdão remove a culpa eterna, mas não necessariamente as consequências temporais dos nossos atos.
O rei Davi é um exemplo claro dessa verdade. Após pecar gravemente ao cometer adultério com Bate-Seba e ordenar a morte de Urias, ele foi perdoado por Deus (2 Samuel 12:13). No entanto, sofreu severas consequências:
Isso mostra que Deus não anulou as consequências, mas ainda assim restaurou Davi espiritualmente.
Deus é gracioso, mas também justo. O perdão não significa que Ele ignora a disciplina necessária para ensinar e transformar seus filhos. Hebreus 12:6 afirma:
"Porque o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho."
O cristão deve entender que, mesmo perdoado, pode precisar lidar com as consequências de suas ações.
O fato de sermos perdoados e ainda assim enfrentarmos certas consequências deve gerar em nós três respostas fundamentais:
Saber que fomos perdoados não deve nos tornar arrogantes ou orgulhosos, mas humildes. Jesus ensinou que aquele que se exalta será humilhado, mas o que se humilha será exaltado (Lucas 18:14).
Assim como Deus nos perdoa, devemos perdoar aqueles que nos ofendem. O próprio Jesus enfatizou isso na oração do Pai Nosso:
"Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores." (Mateus 6:12)
Não podemos exigir misericórdia para nós mesmos e negar aos outros o mesmo favor.
O perdão não deve ser uma desculpa para continuar pecando. Paulo questiona essa mentalidade em Romanos 6:1-2:
"Que diremos então? Continuaremos pecando para que a graça aumente? De maneira nenhuma!"
Embora nunca sejamos perfeitos nesta vida, somos chamados a buscar a santidade, pois Deus nos capacita a viver de maneira justa e piedosa (1 Pedro 1:16).
O cristão não é perfeito, mas perdoado. O perdão de Deus remove a condenação eterna, mas não necessariamente as consequências naturais do pecado. No entanto, Deus pode usar essas consequências para nosso crescimento e transformação, como afirma Romanos 8:28:
"Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam."
Que essa verdade nos leve a viver com gratidão, responsabilidade e compromisso com a santidade.
Você tem vivido à luz do perdão de Deus? Como essa verdade tem moldado suas escolhas diárias? Que essa reflexão nos inspire a confiar na graça divina enquanto buscamos uma vida transformada em Cristo.
Em um mundo onde a visibilidade é frequentemente associada ao valor, é fácil pensar que apenas aqueles que ocupam posições de destaque são lembrados. No entanto, o Reino de Deus opera sob princípios completamente diferentes dos da sociedade. Na economia divina, os esquecidos pelo mundo são os mais lembrados pelo Pai. O próprio Jesus ensinou que “os últimos serão primeiros” (Mateus 20:16), enfatizando que, na perspectiva do Reino, aqueles que parecem insignificantes aos olhos humanos são preciosos para Deus.
A Bíblia está repleta de histórias que demonstram como Deus não apenas vê, mas também valoriza aqueles que são marginalizados ou esquecidos pela sociedade. Um dos exemplos mais marcantes é o de Agar, serva de Sara. Após ser desprezada e expulsa para o deserto, ela encontrou-se desamparada e sem esperança. Porém, foi ali que Deus a visitou, e ela deu um nome ao Senhor: “Tu és o Deus que me vê” (Gênesis 16:13). Essa passagem nos ensina que, mesmo quando nos sentimos invisíveis para os outros, Deus nos vê e cuida de nós.
Outro exemplo é a história do rei Davi. Quando Samuel foi à casa de Jessé para ungir um novo rei para Israel, todos os irmãos mais velhos de Davi foram apresentados, mas ele, por ser apenas um jovem pastor, sequer foi lembrado. No entanto, Deus declarou: “O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração” (1 Samuel 16:7). O menino esquecido foi escolhido para ser rei.
O ensino de Jesus enfatiza que o Reino de Deus pertence aos humildes e aos que não buscam reconhecimento humano. Ele afirmou:
“Quando você der esmola, não anuncie isso com trombetas, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, a fim de serem honrados pelos outros. Eu lhes garanto que eles já receberam sua plena recompensa. Mas, quando você der esmola, que a sua mão esquerda não saiba o que está fazendo a direita, de forma que você preste a sua ajuda em segredo. E seu Pai, que vê o que é feito em segredo, o recompensará.” (Mateus 6:2-4)
Aqui, Jesus nos ensina que, no Reino de Deus, não importa se somos vistos pelos homens; importa que sejamos vistos por Deus. Aqueles que buscam os aplausos do mundo já receberam sua recompensa, mas os que servem com um coração humilde e anônimo são lembrados pelo Pai.
Uma das passagens mais belas sobre como Deus se lembra dos esquecidos está em Marcos 14:3-9. Uma mulher, sem nome no relato de Marcos, entrou na casa de Simão, o leproso, e quebrou um frasco de perfume caro para ungir Jesus. Os discípulos ficaram indignados e criticaram seu gesto, mas Jesus disse:
“Ela fez o que pôde. Derramou perfume em meu corpo antecipadamente, preparando-me para o sepultamento. Eu lhes asseguro que, onde quer que o evangelho for pregado, em todo o mundo, também o que ela fez será contado, em sua memória.” (Marcos 14:8-9)
Essa mulher não era uma figura importante na sociedade, não tinha títulos ou prestígio. Mas seu ato de amor foi registrado para sempre nas Escrituras, mostrando que Deus se lembra daqueles que o amam, mesmo quando o mundo os ignora.
Jesus ensinou que, no Reino de Deus, grandeza não é medida por posição ou reconhecimento, mas pelo serviço humilde. Ele declarou:
“Se alguém quiser ser o primeiro, será o último e servo de todos.” (Marcos 9:35)
Isso significa que o verdadeiro sucesso no Reino de Deus não está na visibilidade, mas na fidelidade. Aqueles que servem em silêncio, sem buscar reconhecimento, são os que serão exaltados por Deus no tempo certo.
Vivemos em uma época em que muitos buscam fama, reconhecimento e status. No entanto, o ensino de Jesus nos lembra que o mais importante é sermos conhecidos por Deus. Ele vê os invisíveis, lembra-se dos esquecidos e exalta os humildes no tempo certo.
Se você já se sentiu esquecido, ignorado ou desvalorizado, lembre-se: no Reino de Deus, quem não é visto pelos homens é lembrado pelo Pai. E essa é a única lembrança que realmente importa.
"O Ódio Nutrido e Justificado", frase proferida pelo Pastor Mário Levy em uma das suas aulas sobre temas Bíblicos, é um sentimento destrutivo que, quando alimentado, corrói a alma e envenena o espírito. A Palavra de Deus nos ensina que guardar rancor e ressentimento no coração é um caminho perigoso, que pode levar à amargura, à vingança e à distância de Deus.
A Bíblia é clara ao advertir sobre os perigos do ódio. Em Levítico 19:17, Deus instrui Seu povo: “Não guarde ódio no seu coração contra o seu irmão. Antes, repreenda-o com franqueza, para que não peque por causa dele.” Isso nos mostra que o ódio não deve ser acumulado, mas sim resolvido através do diálogo e da reconciliação.
Jesus também nos ensina a não apenas evitar o ódio, mas a amarmos nossos inimigos. Em Mateus 5:44, Ele nos ordena: “Eu, porém, lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem.” Essa instrução pode parecer difícil, mas é um princípio fundamental do Reino de Deus.
Em Efésios 4:31-32, Paulo nos exorta: “Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade. Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo.” Isso nos lembra que o perdão é a chave para a libertação do ódio.
Manter o ódio no coração é como carregar um veneno que só nos destrói. Deus nos chama à liberdade através do perdão e do amor. Se hoje você percebe que tem guardado ressentimentos, entregue-os ao Senhor e permita que Ele renove seu coração. Como diz Filipenses 4:7, “e a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus.”
O perdão é a chave para uma vida plena e em paz com Deus e com os outros. Escolha hoje perdoar e viver em liberdade!
A caminhada cristã é repleta de desafios, momentos de espera e fé. Muitas vezes, somos chamados a sair da nossa zona de conforto e confiar inteiramente em Deus. A frase "Saia da sua tenda, olhe para o alto e ore em secreto" sintetiza um profundo princípio espiritual baseado na experiência de Abraão e nos ensinamentos de Jesus sobre oração.
A primeira parte dessa expressão nos remete à história de Abraão, quando Deus lhe faz uma promessa extraordinária:
"Então o Senhor levou-o para fora e disse: ‘Olhe para o céu e conte as estrelas, se é que pode contá-las’. E prosseguiu: ‘Assim será a sua descendência’" (Gênesis 15:5).
Abraão estava em sua tenda, possivelmente refletindo sobre as promessas divinas e os desafios de sua caminhada. Deus, no entanto, o convida a sair e olhar para o alto, ampliando sua visão e renovando sua fé.
Assim também ocorre conosco. Quando ficamos presos em nossas próprias limitações e medos, restringimos nossa visão espiritual. Deus nos chama a sair da "tenda" do medo, da insegurança e da incredulidade, para enxergarmos Suas promessas de forma ampla.
O segundo passo é olhar para cima. Em diversas passagens bíblicas, somos encorajados a erguer nossos olhos para Deus, em busca de direção e esperança:
"Elevo os meus olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra" (Salmo 121:1-2).
Quando olhamos para cima, desviamos nossa atenção das circunstâncias terrenas e colocamos nossa confiança em Deus. Muitas vezes, olhamos apenas para os problemas e deixamos de ver que Deus já preparou uma solução. Como Jesus disse:
"Portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres" (João 8:36).
Olhar para o alto significa buscar uma perspectiva celestial, confiar no poder divino e manter a esperança viva mesmo diante das adversidades.
Por fim, Jesus nos ensina sobre a importância da oração secreta:
"Mas quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está em secreto. Então seu Pai, que vê em secreto, o recompensará" (Mateus 6:6).
A oração em secreto representa nossa intimidade com Deus. É nesse lugar de recolhimento que apresentamos nossas angústias, louvamos ao Senhor e recebemos Dele direcionamento. Jesus nos ensinou que a oração não deve ser uma exibição pública, mas um encontro sincero entre nós e o Pai.
A oração eficaz não depende da quantidade de palavras, mas da sinceridade do coração. Em nosso tempo de solitude com Deus, encontramos força para continuar e discernimento para enfrentar as batalhas espirituais do dia a dia.
O convite divino para "sair da tenda, olhar para o alto e orar em secreto" é um chamado para confiar plenamente em Deus, desenvolver intimidade com Ele e ampliar nossa visão espiritual. Devemos estar dispostos a sair da zona de conforto, focar nossa esperança nas promessas celestiais e cultivar uma vida de oração sincera.
Que possamos seguir esse caminho de fé, confiando que Deus nos guia e nos fortalece em cada passo. Assim como Abraão creu e viu a promessa se cumprir, também veremos a fidelidade de Deus em nossa jornada.
"Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos" (Hebreus 11:1).